Estratégia é fundamental para os negócios

Uma das coisas mais importantes para o administrador é ter e aplicar uma estratégia nos seus negócios

Autor: Robson PaniagoFonte: O Autor

Uma das coisas mais importantes para o administrador é ter e aplicar uma estratégia nos seus negócios. Ser estrategista é um item que se deve desenvolver através de leituras (Maquiavel, Proust. Sartre, Freud, Drucker...), de práticas e também daquilo que chamamos de tomar um CHÁ:

Conhecimento

Habilidades

Atitudes

O administrador deve ter muito conhecimento e este conhecimento o ajuda a distinguir aquilo que é modismo (e não ajuda o administrador), daquilo que pode e deve ser útil para o negócio. Como exemplo, podemos citar a Reengenharia de Michael Hammer e James Champy, que enriqueceu seus mentores e desempregaram muita gente. Fizeram uma técnica que enxugava, mas esqueceram da peça principal de todo e qualquer negócio: os talentos humanos.

Separando o joio do trigo, o administrador pode utilizar deste conhecimento para desenvolver habilidades. Você pode ser um Einstein ou qualquer outro grande gênio, mas além desta inteligência, você deve saber conviver e repartir com outras pessoas. É o que chamamos de lado comportamental.

Quanto mais se sobe numa organização, mais comportamental você se torna e menos técnico você tem que ser.

Por isto, você necessita ter atitudes para tomar decisões. Cuidado! Os profissionais de finanças acham que tudo se resolve através e pelos números. Os profissionais de marketing acham que tudo se resolve com este lado e assim sucessivamente, os profissionais de outras áreas.

Na verdade o administrador deve ter uma visão holística, que vem do grego hollos (visão do todo), olhando para a floresta e não enxergando apenas uma árvore, mas sim toda ela. E aquilo que for mexido naquela árvore será refletido no todo da floresta.

Passa pelo conhecimento do Tão da Física, de Fritjoff Capra (3), que fala de uma visão de desenvolvimento sustentável. O desprezo dos EUA pelo protocolo de Kyoto está sendo respondido pela mãe natureza (sábia demais) através dos vulcões, ciclones, etc.

Como dizem os orientais, temos dois modos de aprendizado: “pelo amor e pela dor”. Infelizmente, a maior potência capitalista atual escolheu o segundo e mais doloroso modo. Neste sentido, eles não estão sendo estratégicos.

Sobre estratégia podemos enfocar o jogo de xadrez que, segundo as pessoas da mitologia, é um jogo que transmite uma série de informações. Ao questionar em sala de aula: Quem tem mais poder no jogo o rei ou a rainha? Vê que a maioria das pessoas opta pelo rei.

Porém, os movimentos do mesmo são limitados, ele anda uma casa de cada vez, já a rainha, tem  amplidão de movimentos e consideramos a mesma a peça mais fundamental do jogo.

Os peões só andam em movimentos lineares, representam aquilo que denominamos na sociedade, “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Em sentido contrário, os bispos, poder da igreja, que tem uma dominação secular, realizam movimentos amplos em duas direções e comprovadamente tem poder.

Neste sentido, ensinar jogo de xadrez para alunos de administração é ensinar a pensar estrategicamente.  O administrador tem que desenvolver esta e outras habilidades.

Robson Paniago é professor da IBE-FGV e administrador tecnológico & social