Organizações virtuais e sem fronteiras
Para as grandes organizações, as herdeiras aparentes da pirâmide monolítica poderiam ser as unidades internas autônomas
Para as grandes organizações, as herdeiras aparentes da pirâmide monolítica poderiam ser as unidades internas autônomas. Quando utilizam essa estrutura, a administração divide a organização em unidades empresariais dotadas de seus próprios produtos, clientes, concorrentes e metas de lucro.
Em seguida, ela cria uma infraestrutura de medidas de desempenho, incentivos financeiros e sistemas de comunicação, voltada para o mercado, de forma que as unidades possam ser avaliadas tal como se fossem companhias independentes.
Às vezes chamadas de organizações em rede ou modulares, as organizações virtuais continuam pequenas e terceirizam suas funções maiores.
Essa estrutura altamente centralizada limita a departamentalização. Uma vez que os indivíduos e pequenas companhias se reúnem em uma base projeto a projeto, cada projeto pode dispor de pessoal de acordo com suas demandas.
Além disso, as despesas burocráticas e os riscos e custos de longo prazo são minimizados. As organizações virtuais são flexíveis, mas limitam o controle da administração sobre componentes-chaves de seu negócio.
Esse método minimiza a cadeia de comando, limita as margens de controle e substitui os departamentos por equipes com poder de decisão.
Equipes inter-hierárquicas, práticas de decisão participativa e avaliações de desempenho de 360 graus desmantelam as fronteiras verticais.
Equipes interfuncionais, atividades organizadas em torno de processos, transferências laterais e rotação de pessoal rompem as barreiras horizontais. Globalização, alianças estratégicas, elos organização-cliente e tele comutação superam as barreiras externas.
A organização sem fronteiras é possível graças aos computadores em rede que agilizam a comunicação, rompendo fronteiras intra e inter-organizacionais.
Robson Paniago é doutor em Ciências Empresariais, mestre em Administração, especialista em Marketing e graduado em Administração. Atualmente é coordenador do curso de Administração da Faculdade Max Planck e professor da IBE-FGV. É sócio-diretor da www.portalconsultee.com e da www.cecapivari.com.br e agente autônomo de investimento, palestrante, escritor, poeta e articulista.