Terminou a faculdade e não tem emprego?
Confira as dicas de quatro professores da IBE-FGV que apontam a educação continuada como principal alternativa para garimpar uma oportunidade de trabalho
O empreendedor digital e professor de gestão de pessoas, liderança e inovação da IBE-FGV, Julio César Nogueira de Sá, avalia que sair da graduação sem ter emprego é um pecado.
“Não é para esperar o curso terminar, caro aluno”. Ele adverte que o desenvolvimento profissional e acadêmico deve ser feito em conjunto. “Procure algo na sua área assim que iniciar o curso, ainda que seja um estágio sem remuneração, porque a experiência hoje é ouro”.
Nogueira de Sá lembra que as faculdades oferecem um embasamento macro. “Se não se especializar em uma escola de responsabilidade, o emprego vai passar longe”.
Para o diretor comercial do IBN (Instituto Brasileiro de Negócios) e professor de gestão em diversos cursos da escola de negócios, Leandro Garcia, o momento ainda é de incerteza e desconfiança. “Faça tudo o que precisa para ter um diferencial”, recomenda.
Segundo ele, os mais de 13,5 milhões de desempregados e as mais de 26 milhões de pessoas sem qualquer ocupação tornam a busca por um emprego cada vez mais difícil “e o critério dos empregadores é cada vez mais rigoroso”.
Por isso, Garcia aconselha o iniciante a buscar os programas de trainee em grandes empresas que ainda estão abrindo vagas.
Professora de gestão de pessoas da IBE-FGV e coach de carreira, Ligia Molina, explica que a montagem de um bom currículo é fundamental para começar.
“Relate neles todas as suas experiências ainda que sejam de serviços comunitários ou voluntários”, ilustra. A especialista também indica que o recém-formado mapeie todas as suas habilidades e “gaps” e, ainda, verifique onde pretende trabalhar. Ela destaca que conhecer o terreno onde vai pisar é necessário para o processo de desenvolvimento.
O também professor de gestão de pessoas e coach de carreira, Vagner Sandoval, ressalta que se você terminou a faculdade e não tem emprego, “logo também não tem experiência e isso fará falta na hora de ser chamado para uma entrevista”.
“Então, invista em conhecimento e diminua essa lacuna que existe entre a graduação e o emprego”.
Sandoval ainda sugere que o profissional faça uma avaliação do tipo “coaching assessment” e inclua no currículo o resultado. “Isso passa credibilidade ao recrutador”.
Os quatro professores recomendaram que os novos profissionais tivessem o domínio de um segundo idioma. “Essencial” foi a palavra que usaram para descrever a importância para a carreira.