Pequenas empresas apostam em fintechs para lidar com finanças
Estudo revela que 71% das pequenas e médias empresas confiam mais em fintechs
Estudo revela que 71% das pequenas e médias empresas confiam mais em fintechs
O mais recente Mapa de Fintechs do Brasil, publicado pela Finnovation, empresa de consultoria, apontou que houve um aumento de 34% no número de empresas desse tipo em operação no país. Em 2018, eram cerca de 377 fintechs, mas, até o final de 2019, o número chegou a 504.
Pesquisa realizada pela Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares, teve como objetivo analisar a adoção das startups que trazem inovação para a área financeira e de ciências contábeis no Brasil.
Ainda de acordo com o levantamento, pequenas e médias empresas têm confiança alta (equivalente a 55% dos entrevistados) ou muito alta (16%) nos serviços contratados dessas fintechs, com um total de 71% de confiabilidade.
Além do número surpreendente, que mostra o crescimento das empresas desse ramo no Brasil, o estudo também mostrou que a hegemonia das instituições financeiras mais tradicionais pode estar com os dias contados. Afinal, o nível de confiança é bem menor, com apenas 32% – 28% com confiança alta e 4% muito alta.
Foram entrevistados 7.586 empresários de todos os 26 estados e DF, sendo que mais da metade era composta por microempreendedores individuais (MEI) (57%), 38% eram de microempresas (ME) e 5% de empresas de pequeno porte (EPP).
Menos burocracia e mais flexibilidade
Os números mostram que os empresários devem ficar mais atentos às preferências dos clientes. As fintechs devem continuar crescendo neste ano, principalmente por conta da pandemia, uma vez que as pessoas têm buscado mais flexibilidade.
Uma grande parte dessas fintechs possui operação completamente remota ou online – uma forma segura de contratar e usar serviços em tempo de pandemia. Além disso, por já estarem acostumadas a trabalhar desta forma, não houve uma sobrecarga de solicitações como instituições mais tradicionais puderam sentir nos primeiros meses do distanciamento social.
Essas possibilidades também fizeram com que os consumidores desses serviços se questionassem sobre as melhores oportunidades e formas de gerir os negócios próprios. Com uma grande parcela da população insatisfeita, os empresários de fintechs puderam trazer soluções que vinham há muito tempo sendo negligenciadas.
A mudança de consumo durante a pandemia, com mais pessoas buscando por comércios locais ou empresas que fizessem entrega, também ajudou a aumentar a renda desses pequenos empresários, que passaram a procurar por soluções financeiras com menos taxas e maior facilidade para administrar.