Educação: aulas a distância e isolamento, qual o futuro do seguimento?
Professora FGV avalia momento atual e futuro da educação em meio à necessidade de isolamento social.
Professora FGV avalia momento atual e futuro da educação em meio à necessidade de isolamento social.
As aulas à distância se tornaram realidade nessa pandemia. Estudos do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, indicam o crescimento exponencial do EaD: de 2009 a 2019, o número de novos alunos em cursos superiores na modalidade aumentou 4,7 vezes. Um salto de cerca de 330 mil estudantes para mais de 1 milhão e meio, marcando um crescimento de 378,9%.
Porém, em meio à necessidade de isolamento social, todas as instituições foram forçadas e adotar medidas para continuarem suas atividades em modelo online. “O processo de aulas a distância tem sido bastante desafiador para todos os envolvidos: a instituição de ensino, os professores e os alunos. Afinal, tiveram pouco tempo para organizar e habilitar os meios necessários à adaptação neste processo”, diz a professora Maria Luísa Correia da IBE Conveniada FGV.
“Essa adaptação rápida e necessária, trouxe consigo alguns mal-entendidos em relação ao funcionamento dos diferentes modelos de educação à distância”, avalia Maria Luísa.
A especialista explica que boa parte dos mal-entendidos é porque as pessoas não conhecem realmente as distinções entre as aulas síncronas - aquelas em que o professor e os alunos interagem no tempo real, e as aulas online - gravadas antecipadamente, em que não existe interação em tempo real. Há também as aulas híbridas, uma realidade em algumas instituições de ensino básico, nas quais uma parte da turma participa presencialmente e outra parte interage em tempo real à distância.
A professora também aponta algumas questões referentes ao futuro da modalidade. “Os novos modelos de "live class" e a aquisição de aulas anteriormente gravadas, usadas comumente em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos, se fortaleceram durante a pandemia e permanecerão fortes no mercado”, reflete.
“Após o término da pandemia e com todos vacinados, será possível ao aluno escolher qual o melhor modelo que atende ao aluno de todas as formas e para todos os bolsos”, diz Maria Luísa, que conclui: “os ganhos com os novos modelos refletem a possibilidade de o aluno assistir a aula em tempo real ou após por intermédio de gravações que lhe são disponibilizadas. Além de um network extremamente rico, proporcionado pelo convívio com alunos diversos de outros países inclusive”