Por que o Brasil se tornou um celeiro de unicórnios?
Entenda o boom do mercado de startups valiosas, as denominadas "unicórnios", no Brasil e veja qual é a previsão para 2022
Atualmente, o Brasil é considerado um dos grandes destaques no mercado de inovação global, por ser um dos principais ecossistemas empreendedores do mundo. Até 2021, o país possuía 21 unicórnios – startups que valem US$ 1 bilhão ou mais –, um número significativo, que foi alcançado em apenas três anos. Período que, além de ser curto, ainda foi marcado por uma grave crise financeira.
E tudo indica que essa quantidade deve aumentar ainda mais até o final deste ano. Mas o que explica esse boom no nosso país? Isso está muito ligado ao aumento de aceleradoras, fundos de investimento e incubadoras, que por sua vez, está relacionado ao amadurecimento do mercado de capital de risco.
Além disso, as mudanças no sistema regulatório no Brasil, como o Open Banking, e as próprias reformas realizadas pelos recentes governos auxiliaram nesse crescimento.
Um outro motivo por trás dessa ampliação foi o encontro de oportunidades na crise provocada pela pandemia de coronavírus. Com a necessidade de isolamento social para contenção da Covid-19, foi necessário buscar alternativas para os setores de serviços e varejo continuarem atuando a distância. Isso foi possível graças à digitalização e ao e-commerce.
O triste fato de o Brasil ter diversos problemas estruturais também influencia nesse cenário. As pessoas por trás das startups nada mais são que empreendedores que encontraram uma solução inovadora, como criar uma alternativa aos carros Uber, para lidar ou resolver problemas nas áreas de saúde, educação, moradia, transporte, etc.
A previsão do mercado de unicórnios em 2022 no Brasil
De acordo com o estudo "Corrida dos Unicórnios", feito pela plataforma de inovação Distrito, 13 empresas brasileiras estão cotadas para se tornarem unicórnios até o final de 2022. A pesquisa foi feita a partir do monitoramento de 35 mil startups no país.
Além disso, a tendência para este e os próximos anos é que as startups passem a investir em setores menos explorados, os aportes de capital cresçam e o mercado de venture capital se torne mais dinâmico.
Hoje, os unicórnios do Brasil representam 66% de todos da América Latina, segundo a Associação para o Investimento de Capital Privado na América Latina (Lavca). O México, em segundo lugar, tem apenas 19%. Todos os números indicam que vale a pena investir nesse mercado.