Saiba como iniciar 2023 com planejamento tributário corporativo
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O planejamento tributário corporativo é pautado por uma série de sistemas legais que podem otimizar a carga tributária e até mesmo reduzir a quantidade de tributos pagos, melhorando a governança fiscal da empresa. Assim como na vida particular, o empresário deve realizar uma análise do ano que passou e projetar o próximo, já que as decisões envolvem uma complexidade de operações.
É o que orienta o advogado Rafael Mantovani, coordenador do GIETRI (Grupo de Intercâmbio de Experiências em Assuntos Tributários) da AHK Paraná (Câmara Brasil-Alemanha) e sócio do escritório Gaia Silva Gaede Advogados. “Planejamento tributário é algo lícito. É possível, dentro da lei, buscar uma carga tributária mais favorável”, aponta.
Mantovani destaca que 2023 ainda será pautado por mais um desafio: o fato de ser um ano de troca de governo. “Diante da mudança de cenário político e econômico, o empresário precisa se preparar e as decisões serão tomadas em meio à especulação do que está se desenhando para o ano que vem”, analisa. “Mas, ainda que venham mudanças na legislação, temos prazo para aplicá-las, dentro das regras de anterioridade e segurança jurídica. De qualquer forma, é preciso lembrar que a economia estará em um cenário diferente”, complementa.
Como executar planejamento tributário
A primeira decisão a ser tomada envolve a modalidade de apuração e pagamento do Imposto de Renda. É necessário decidir se, durante 2023, a empresa vai optar pelo lucro real ou lucro presumido. “Talvez seja a decisão mais relevante de todas, pois ela vai definir se a empresa vai pagar o imposto de renda e suas contribuições sociais com base no lucro real, ou seja, no lucro efetivo, ou no lucro presumido”, explica. “E é importante lembrar que o lucro presumido é uma modalidade com cálculos mais simples que presumem a margem de lucro, porém a empresa pagará tributos mesmo que tenha registrado prejuízo”, alerta. “Uma outra opção é o Simples Nacional, especialmente para os micro e pequenos empresários”, acrescenta.
Para o advogado, o segundo passo é sempre ficar por dentro das mudanças e reavaliar procedimentos e rotinas que a empresa adotou até o momento para suas operações e apuração de tributos. “É bom aproveitar a virada do ano para refletir. Existem, por exemplo, diferentes benefícios fiscais entre os estados. Mudar a operação também pode trazer economia tributária lícita para a empresa”, explica.
Por fim, Mantovani acrescenta que sempre é possível discutir perante o Poder Judiciário se a apuração dos tributos previstos em lei é adequada ou não. “Por isso é sempre importante refletir sobre eventuais discussões judiciais que possam implicar no reconhecimento de um pagamento indevido que possa estar sendo feito para o Fisco”, finaliza.
Sobre a AHK Paraná – Estimular a economia de mercado por meio da promoção do intercâmbio de investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, além de promover a cooperação regional e global entre os blocos econômicos. Esta é a missão da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná), entidade atualmente dirigida pelo Conselheiro de Administração e Cônsul Honorário da Alemanha em Curitiba, Andreas F. H. Hoffrichter.