Por dentro do Marco Legal do Saneamento
Os objetivos do Governo Federal são extremamente ambiciosos com relação ao Marco Legal do Saneamento
Os objetivos do Governo Federal são extremamente ambiciosos com relação ao Marco Legal do Saneamento. A bola da vez está focada em investimentos voltado ao processo de saneamento e, até o momento, foram realizados 9 leilões de concessão de serviços sob as novas regras com a nova legislação.
Sancionado em julho de 2020, o Marco Legal do Saneamento gerou até o momento aproximadamente R$72,2 bilhões de investimento para o setor, segundo informado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Ao todo até o momento 19,3 milhões de pessoas serão beneficiadas em 212 municípios envolvendo 7 estados (AL, ES, MS, AP, RJ, CE e GO). Segundo Instituto Trata Brasil (ITB), aproximadamente 100 milhões de brasileiros não dispõe de rede de coleta de esgoto e 35 milhões não tem acesso a água tratada.
Um fato muito importante é sobre a legislação, que define regras a serem cumpridas pelos municípios e prestadores de serviços em relação a drenagem e manejo dos resíduos sólidos. A lei traz segurança jurídica, atraindo investidores de dentro e fora do país. Calcula-se que de R$500 a R$ 700 bilhões sejam investidos em um prazo de aproximadamente 11 anos. Neste contexto, teremos que embarcar em parcerias públicas privadas para alcançar os valores previstos de investimentos. Já foram garantidos R$ 42,8 bilhões em investimentos e R$37,7 bilhões de serviços.
Os governadores dos estados estão muito empenhados em transformar o processo de tratamento de água no Brasil, além de gerar emprego e fomentar as economias locais. Só o estado do Rio de Janeiro está desenvolvendo investimentos com 29 municípios, com previsão que gira na ordem de R$27 bilhões. No estado do Amapá, a expectativa fica em torno de R$3 bilhões de investimentos. O estado de Alagoas vai realizar o processo em dois blocos: o B que corresponde a 34 cidades do Agreste e Sertão; e o C, que corresponde a 27 municípios da Zona da Mata e Litoral Norte. As cidades desta região devem receber investimentos de R$2,9 bilhões.
Todos estes investimentos representam ganhos diretos em termos de saúde, como por exemplo a queda da mortalidade infantil, a redução de doenças vinculadas à água (diarreia e vômitos) e, como consequência direta, a diminuição dos custos com saúde (menor valor gastos com médicos, internações e medicamentos). Os benefícios não gerados calculados pela ausência de saneamento podem chagar a até R$1,2 trilhão, conforme informações do Instituto Trata Brasil. Além dos benefícios à saúde já relatadas aqui, a disponibilidade de saneamento em uma rua ou determinada região, agregam valor de pelo menos 20% aos imóveis, impulsionados pela melhoria de qualidade de vida da população.
E é por isso que nós da Projesan, acreditamos que a água é essencial para a vida humana, a evolução das cidades e da economia global. Colaboramos para melhorar a qualidade da água tratada em grande escala nas ETA's (Estações de Tratamento) municipais e industriais, garantindo saúde e qualidade de vida para toda a população. A natureza do nosso trabalho é colaborar pela evolução da água e do meio ambiente. Desde 1988 avançamos a química nas cidades do Brasil e do mundo, conectados pela missão global de contribuir com o consumo de água potável para todos.
Claudio Alvarenga é Controller da Projesan Water & Co®, empresa especializada no tratamento de água no segmento B2B. Com formação em Administração de empresas, pela Universidade de Blumenau, o executivo é responsável pelas competências de contas a pagar, contas a receber, auditoria, atividades de integração de equipe, análise de dados e capacidade analítica da empresa. Com ampla experiência em tecnologia da informação e desenvolvimento de produtos, com orientação para processos e resultados, gerenciando e ajudando equipes multidisciplinares, Alvarenga possui passagem em grandes empresas como Grupo Boticário, Sênior Sistemas e Meu Rodapé.